Tropeçou,ele realmente tropeçou em si mesmo,sofrivelmente encarava a si próprio.Quis continuar,mas tornava-se quase impossível prosseguir com tamanha sofreguidão.
Sempre fora difícil ver em si mesmo o reflexo da tristeza,do abandono,da angústia que com o passar do tempo aumentava ainda mais com o vazio de um sentimento próspero.
Um vácuo foi criado naquele dia e continuava a aumentar preponderantemente aos dias de hoje.
Aquele sentimento que foi precocemente interrompido,por um imensurável desatino da vida,estava por terminar.
Enquanto continuava a se desvencilhar,dos ataques constantes que a amargura de um sentimento passado feria constantemente aquilo que um dia foi um ".......",tentava sem sucesso iniciar novamente aquilo que um dia perdera.
Mas como se podia imaginar,travava uma batalha constante consigo mesmo,pois no lugar daquilo que um dia foi um"......"havia agora uma pedra,a maior que conseguira encontrar colocou ali para ocupar o lugar do dito".........".
Havia naqueles passos curtos uma boa dose de temperança,em virtude disso tornou-se novamente auspicioso,seus passos curtos denotavam o assédio de um sonho,que teve em seus períodos de solidão,sonhara que tal dia e tal hora,iria encontrar aquilo que fora trocado por uma pedra,e seria dentre as mais belas que iria regozija-lo.E dar credulidade à sonhos,era quase surreal,pois sonho para ele comprava-se em qualquer padaria.
Mas ali quase se perdendo na aventura de sua tristeza,guiou-se por uma sensação que lhe causava estranheza.A sensação que tivera foi de grande comoção e o levou a sentir,aquilo que perdera à alhures.
E ali aonde jamais poderia imaginar foi agraciado com aquilo que entregou a inércia da rotina da procura,aquela com quem sonhou estava diante dele,emanando tudo o que pediu no interim do tempo que passou resignado por força do desacato passível.
Alegrou-se como dantes visto,tirou de seu rosto as marcas que enegreciam sua aura,e voltou a viver sem pedir que os céus o leva-se desse mundo,pediu agora mais um tempo aos arquitetos do mundo,para jubilar-se na efervescência da paixão.
terça-feira, 31 de julho de 2007
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Caminhar sem reclamar,deveras da vida
Acordou mas não fez menção nenhuma para se levantar,ficou ali quieto ouvindo o que o mundo tinha a dizer naquele silêncio absoluto que imperava na sua casa.Movimentava apenas seus grandes olhos.
Olhos que se esbugalharam,pela derradeira escolha de optar pelas coisas erradas da vida cotidiana.
Ao mover aqueles grandes olhos,elucubrava cânticos nostálgicos,que um dia ouvira de alguém.E esse alguém que não conhecia por mera pretensão de caminhos que nunca se cruzavam,sabia que ali naquela rua havia alguém,que decidira nunca mais levantar do leito insolúvel.
Mas em um outono qualquer,aquele alguém de cânticos nostálgicos,começou a bater de porta em porta,procurando aquele outro alguém que decidira viver de barriga pra cima até que a morte o leva-se.
O outono findou-se,iniciou-se o inverno,no frio intenso de uma manhã qualquer,ouviu de trás de uma porta,de uma casa de qualquer um.Um som parecido com aqueles que costumadamente cantava,e neste instante colocou um daqueles seus ouvidos na porta,para ouvir melhor aquelas notas.
Reconheceu o canto que vinha de dentro daquela casa,decidiu bater na porta acompanhando as notas da música,sem notar que a porta estivesse entre aberta,com as batidas que dava na porta,para acompanhar o som,aquilo que separava o mundo dos dois abriu-se.E para espanto de ambos,se pareciam em demasia,sim eram realmente iguais.....
Parecia que estava de fronte a um espelho,os gestos,os olhos,enfim tudo era idêntico,mas como isso é possível,um pensou,e o outro automaticamente pensou igual.
Ficaram fitando-se,por alguns minutos,a única diferença entre eles naquela hora,que se notava era que um estava de pé e o outro deitado.O que estava em pé,pois esse sempre tivera mais disposição para viver,falou:
-Deixe de reclamar tanto pelo o que ainda não tem.
O que estava deitado então,ninguém sabe como,levantou-se e decidira caminhar sem reclamar deveras da vida,ou melhor reclamava agora sorrindo.
Olhos que se esbugalharam,pela derradeira escolha de optar pelas coisas erradas da vida cotidiana.
Ao mover aqueles grandes olhos,elucubrava cânticos nostálgicos,que um dia ouvira de alguém.E esse alguém que não conhecia por mera pretensão de caminhos que nunca se cruzavam,sabia que ali naquela rua havia alguém,que decidira nunca mais levantar do leito insolúvel.
Mas em um outono qualquer,aquele alguém de cânticos nostálgicos,começou a bater de porta em porta,procurando aquele outro alguém que decidira viver de barriga pra cima até que a morte o leva-se.
O outono findou-se,iniciou-se o inverno,no frio intenso de uma manhã qualquer,ouviu de trás de uma porta,de uma casa de qualquer um.Um som parecido com aqueles que costumadamente cantava,e neste instante colocou um daqueles seus ouvidos na porta,para ouvir melhor aquelas notas.
Reconheceu o canto que vinha de dentro daquela casa,decidiu bater na porta acompanhando as notas da música,sem notar que a porta estivesse entre aberta,com as batidas que dava na porta,para acompanhar o som,aquilo que separava o mundo dos dois abriu-se.E para espanto de ambos,se pareciam em demasia,sim eram realmente iguais.....
Parecia que estava de fronte a um espelho,os gestos,os olhos,enfim tudo era idêntico,mas como isso é possível,um pensou,e o outro automaticamente pensou igual.
Ficaram fitando-se,por alguns minutos,a única diferença entre eles naquela hora,que se notava era que um estava de pé e o outro deitado.O que estava em pé,pois esse sempre tivera mais disposição para viver,falou:
-Deixe de reclamar tanto pelo o que ainda não tem.
O que estava deitado então,ninguém sabe como,levantou-se e decidira caminhar sem reclamar deveras da vida,ou melhor reclamava agora sorrindo.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Um jeito melhor de se morrer....
Sentado naquele sofá,observava tudo em sua volta nada se movia o único objeto que ainda resistia a se movimentar,era o relógio de ponteiros que herdara de seu avô,e esse veio com pilhas,dessas que você compra em qualquer camelô,pois não desperdiçaria o seu tempo,com tal banalidade.
Detestava o contato com o mundo exterior,ou melhor como ele mesmo,não cansava de dizer"inferior".Sentia-se soberano,ali na clausura de sua casa.
Nomeou-se "rei" daquele recinto.Em seu reino de objetos inanimados,mandava e desmandava,era a balbúrdia de um homem-só.
Em sua festa de imagens efusivas,viaja solitáriamente em sua mente insólita.
Se considerava um homem-só,mas de grandes riquezas inatingiveis,comparado aos outros reles humanos.Mas não havia ninguém em seu "reino"com quem pudesse dividir aquilo tudo,vivera em um carcére privado,por vontade própria,sempre fora incapaz de se relacionar com outros donatários,porque para aquele homem-só,todos sem exceção tinham seu "reino",até os menos honrados,mas fora todos dignitários de receber tal regalo divino.
Ainda jovem sabera que se aproximava o fim daquele "reino",era de seu conhecimento que os velhos morrem ainda jovem.Sempre que se entre olhava no espelho,via que era jovem demais para morrer.
Sem temer os dias que seu corpo se tornaria apenas uma massa rigída,caminhava com uma coroa fictícia,reverenciando os ditos objetos inanimados.
Sentado naquele sófa,era capaz de observar tudo,até aqueles pensamentos deveras jocosos,acerca de sua permanência naquele mundo tão moroso.
Mas era de seu conhecimento que a hora de partir daquele mundo factício estava se aproximando,e como já se esperava,pois fora presenteado com um reino só seu,foi lhe concedido outro beneficio.Poderia escolher um jeito melhor de se morrer....
E escolhera,tomou a decisão de entrar para eternidade,de uma maneira simplória,queria deixar aquele reino de um homem-só,absorvendo a magnitude das estrelas,permaneceria em decúbito dorsal,até a hora que ela aparece-se,para levá-lo a viajar na órbitas de Vénus,pois se as mulheres são de lá,decidiu que pra lá iria,para assim então não perpetuar mais naquela vida de um homem-só.
Detestava o contato com o mundo exterior,ou melhor como ele mesmo,não cansava de dizer"inferior".Sentia-se soberano,ali na clausura de sua casa.
Nomeou-se "rei" daquele recinto.Em seu reino de objetos inanimados,mandava e desmandava,era a balbúrdia de um homem-só.
Em sua festa de imagens efusivas,viaja solitáriamente em sua mente insólita.
Se considerava um homem-só,mas de grandes riquezas inatingiveis,comparado aos outros reles humanos.Mas não havia ninguém em seu "reino"com quem pudesse dividir aquilo tudo,vivera em um carcére privado,por vontade própria,sempre fora incapaz de se relacionar com outros donatários,porque para aquele homem-só,todos sem exceção tinham seu "reino",até os menos honrados,mas fora todos dignitários de receber tal regalo divino.
Ainda jovem sabera que se aproximava o fim daquele "reino",era de seu conhecimento que os velhos morrem ainda jovem.Sempre que se entre olhava no espelho,via que era jovem demais para morrer.
Sem temer os dias que seu corpo se tornaria apenas uma massa rigída,caminhava com uma coroa fictícia,reverenciando os ditos objetos inanimados.
Sentado naquele sófa,era capaz de observar tudo,até aqueles pensamentos deveras jocosos,acerca de sua permanência naquele mundo tão moroso.
Mas era de seu conhecimento que a hora de partir daquele mundo factício estava se aproximando,e como já se esperava,pois fora presenteado com um reino só seu,foi lhe concedido outro beneficio.Poderia escolher um jeito melhor de se morrer....
E escolhera,tomou a decisão de entrar para eternidade,de uma maneira simplória,queria deixar aquele reino de um homem-só,absorvendo a magnitude das estrelas,permaneceria em decúbito dorsal,até a hora que ela aparece-se,para levá-lo a viajar na órbitas de Vénus,pois se as mulheres são de lá,decidiu que pra lá iria,para assim então não perpetuar mais naquela vida de um homem-só.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Quem sou,eu?
Caminhando entre a multidão,tinha o olhar perdido.Não era capaz de identificar a própria sombra.
Continuava a caminhar,com obstinação.
Esbarravam nele,e ele esbarrava em si próprio.Aqueles rostos desconhecidos,que apareciam em sua frente,lhe deixa confuso.Mormente,quando se deparava,com sua imagem refletida,fosse em uma poça d'agua,na vitrine de uma loja,ou até mesmo naqueles desconhecidos que cruvazam em sua frente.
Um breve pensamento,invadiu aquela mente confusa.
Quem sou,eu?O quê faço,nesta rua?Quem são essas pessoas?
Ele,não sabia o próprio nome,não sabia aonde estava,muito menos se estava vivo ou morto.Isto o atormentou.
Parou,um qualquer,que esbarrou mais uma vez nele,e perguntou:-Quem sou,eu?
Aquele,qualquer,respondeu:-E eu,sou,quem?E continuou a caminhar na mesma direção dos outros.
Até que,um outro qualquer,falou rapidamente,enquanto passava ao seu lado,você,sou eu,e eu, sou você,e continuou a caminhar na mesma direção dos outros.
Continuava a caminhar,com obstinação.
Esbarravam nele,e ele esbarrava em si próprio.Aqueles rostos desconhecidos,que apareciam em sua frente,lhe deixa confuso.Mormente,quando se deparava,com sua imagem refletida,fosse em uma poça d'agua,na vitrine de uma loja,ou até mesmo naqueles desconhecidos que cruvazam em sua frente.
Um breve pensamento,invadiu aquela mente confusa.
Quem sou,eu?O quê faço,nesta rua?Quem são essas pessoas?
Ele,não sabia o próprio nome,não sabia aonde estava,muito menos se estava vivo ou morto.Isto o atormentou.
Parou,um qualquer,que esbarrou mais uma vez nele,e perguntou:-Quem sou,eu?
Aquele,qualquer,respondeu:-E eu,sou,quem?E continuou a caminhar na mesma direção dos outros.
Até que,um outro qualquer,falou rapidamente,enquanto passava ao seu lado,você,sou eu,e eu, sou você,e continuou a caminhar na mesma direção dos outros.
domingo, 1 de julho de 2007
Que lugar tão inóspito era aquele que caminhava
Ele caminhava debaixo de um Sol,que marcava seu corpo,era impulsionado por uma respiração sôfrega.Em uma daquelas manhãs,que caminhava,sem direção,notou algo diferente,naquela estrada.
Havia uma flor um pouco adiante,mas ele pensou,sob os meus pés,está uma terra infértil,com o calor que se faz aqui,até aquele cara,com rabo pontudo,e que sempre empunha um tridente,se sentiria em casa.E foi nessa hora,que se deu conta de uma coisa,que nunca havia pensado antes.Que lugar tão inóspito era aquele que caminhava,em sua desafortunada vida.
Era um deserto,de sentimentos,que caminhava,e prosseguia com tal afinco,que fora levado,a se sentir da mesma maneira,uma pessoa incapaz de ter vida.
Mas aquela flor,que estava a poucos passos,a sua frente,denotou uma sumptuosidade,uma tanto estranha,pois lhe trouxera algo que não era ou não fora acostumado.Uma bem-aventurança,sem precedentes.
Agachou-se,para apanhar aquela flor,mas surpreendentemente,a flor o apanhou.
E deu,para aquela criatura,tudo aquilo que ele jamais pensou em ter,em sua infrutífera caminhada,sob o sol.
Deu a ele,vida....
E foi quando se tornou um bem-aventurado.
Havia uma flor um pouco adiante,mas ele pensou,sob os meus pés,está uma terra infértil,com o calor que se faz aqui,até aquele cara,com rabo pontudo,e que sempre empunha um tridente,se sentiria em casa.E foi nessa hora,que se deu conta de uma coisa,que nunca havia pensado antes.Que lugar tão inóspito era aquele que caminhava,em sua desafortunada vida.
Era um deserto,de sentimentos,que caminhava,e prosseguia com tal afinco,que fora levado,a se sentir da mesma maneira,uma pessoa incapaz de ter vida.
Mas aquela flor,que estava a poucos passos,a sua frente,denotou uma sumptuosidade,uma tanto estranha,pois lhe trouxera algo que não era ou não fora acostumado.Uma bem-aventurança,sem precedentes.
Agachou-se,para apanhar aquela flor,mas surpreendentemente,a flor o apanhou.
E deu,para aquela criatura,tudo aquilo que ele jamais pensou em ter,em sua infrutífera caminhada,sob o sol.
Deu a ele,vida....
E foi quando se tornou um bem-aventurado.
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