Sentado naquele sofá,observava tudo em sua volta nada se movia o único objeto que ainda resistia a se movimentar,era o relógio de ponteiros que herdara de seu avô,e esse veio com pilhas,dessas que você compra em qualquer camelô,pois não desperdiçaria o seu tempo,com tal banalidade.
Detestava o contato com o mundo exterior,ou melhor como ele mesmo,não cansava de dizer"inferior".Sentia-se soberano,ali na clausura de sua casa.
Nomeou-se "rei" daquele recinto.Em seu reino de objetos inanimados,mandava e desmandava,era a balbúrdia de um homem-só.
Em sua festa de imagens efusivas,viaja solitáriamente em sua mente insólita.
Se considerava um homem-só,mas de grandes riquezas inatingiveis,comparado aos outros reles humanos.Mas não havia ninguém em seu "reino"com quem pudesse dividir aquilo tudo,vivera em um carcére privado,por vontade própria,sempre fora incapaz de se relacionar com outros donatários,porque para aquele homem-só,todos sem exceção tinham seu "reino",até os menos honrados,mas fora todos dignitários de receber tal regalo divino.
Ainda jovem sabera que se aproximava o fim daquele "reino",era de seu conhecimento que os velhos morrem ainda jovem.Sempre que se entre olhava no espelho,via que era jovem demais para morrer.
Sem temer os dias que seu corpo se tornaria apenas uma massa rigída,caminhava com uma coroa fictícia,reverenciando os ditos objetos inanimados.
Sentado naquele sófa,era capaz de observar tudo,até aqueles pensamentos deveras jocosos,acerca de sua permanência naquele mundo tão moroso.
Mas era de seu conhecimento que a hora de partir daquele mundo factício estava se aproximando,e como já se esperava,pois fora presenteado com um reino só seu,foi lhe concedido outro beneficio.Poderia escolher um jeito melhor de se morrer....
E escolhera,tomou a decisão de entrar para eternidade,de uma maneira simplória,queria deixar aquele reino de um homem-só,absorvendo a magnitude das estrelas,permaneceria em decúbito dorsal,até a hora que ela aparece-se,para levá-lo a viajar na órbitas de Vénus,pois se as mulheres são de lá,decidiu que pra lá iria,para assim então não perpetuar mais naquela vida de um homem-só.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
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3 comentários:
Ha esse finalzinho ai...hum suspeito,rs...foi para venus??
Mas bem legal seu texto...penso que há muitas pessoas que se enxergam assim...um ser único,mas para que não é? Penso que o que devemos "Fazer a diferença" tentar fazer o mundo um pouco melhor...trazendo,acrescentando algo de positivo à vida das pessoas......
não é?não devemos ser somente mais um...temos de ter nosso propósito aqui nesse mundo,saber para que viemos e o que devemos fazer...apesar que penso que muita gente vai "embora" sem ter deixado nada que será lembrado,somente sua existência,e apenas para as pessoas mais próximas e nada mais,eu quero ser lembrada por ter tentado mudar um pouquinho a mente e a vida das pessoas...é triste,pensar que muita gente tem coragem de dizer que, veio a passeio...é foda,como te falei,n devemos pensar somente em nós mas pensar como um todo,qndo todos pensarem assim,quem sabe talvez à vida,melhorará ou pelo menos o comportamento humano mudara,que seja sempre para melhor,não pq o foda é regredir,rs...mas somos humanos,e nem um pouquinho perfeitos,rs!!
Olha só,eu tentando filosofar,rsrs
venho , nem vou falar nada ... tu ta em fase extremamente existencial, num tá não? mas que tu ta escrevendo bem bagarai, isso é indiscutível!
abração!
Alan!
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