E quando,voltou à abrir aqueles olhos,era como se ainda permanecesse de olhos fechados,mas ao invés de ver o ébano da noite,havia ali uma claridade que cegava suas retinas.Já não poderia mais ver aquele Mundo da janela de seu quarto,pensou que fosse um castigo.Mas porquê um castigo,indagou a si mesmo.E não vinha outra resposta em sua mente,que não fosse a ausência dela.
E novamente,as lágrimas desciam lhe a face,e eram lágrimas cristalinas.Diferentemente,das outras,havia nelas uma transparência ímpar,pois nelas se podia ver,a vida dele.Como em uma bola de cristal,daquelas ditas clarividentes,se enxergava tudo,o que se passou em sua vida.
Quando as lágrimas caiam por terra,elas não se desfaleciam,mas sim preenchiam,aquele chão,do qual mantinha seu corpo verticalmente,como se fosse para saudar os seus Deuses.
Inusitadamente,pois nem os seus Deuses,poderiam explicar,aquele fenomêno.Cresciam flores,ao seu redor,aquelas lágrimas,faziam brotar flores onde caiam.
O perfume,daquelas flores ocupavam,não definitivamente,aquela ausência.E lembrara,que um dia,uma senhora o advertira,que até as rosas tem espinhos.
E fora,nesses espinhos que ele,encontrou a resposta.Ela estava ali,cravada no caule daquela flor.
Havia no olhar dela,como no dele também,uma quase tristeza,mas era um olhar dócil,vulnerável.E naquele instante,recobrou a sua visão,aquela cena o remeteu,no dia em que se viram pela primeira vez.
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